L-ISOLEUCINA
Nutricionalmente essencial.
PROPRIEDADES
É um aminoácido alifático neutro, de cadeia ramificada. Tem sabor amargo. Dos quatro isômeros conhecidos, somente a L-Isoleucina é encontrada nas proteínas. Pelo fato de que suas propriedades físico-químicas são muito similares às da L-Leucina, a L-Isoleucina pura não é facilmente obtida a partir dos hidrolisados de proteínas, mas pode ser obtida por fermentação.
BIOQUÍMICA
É glicogênica e cetogênica. Forma o ácido acético, (cetogênico) e o ácido propiônico (glicogênico) através do ácido a-metilbutírico. Um desequilíbrio nutricional pode ocorrer com a L-Leucina e a L-Valina (os outros aminoácidos de cadeia ramificada) se os mesmos não forem ingeridos em proporção balanceada. Juntamente com estes dois, está envolvido na regulação da síntese protéica e na manutenção da massa muscular corporal.
INDICAÇÕES
Como ingrediente de soluções parenterais e enterais de aminoácidos e em suplementos de aminoácidos de cadeia ramificada. Aumenta a síntese de hemoglobina. Participa do metabolismo glicídico e ajuda a regular a glicemia.
EXCESSO
Pode predispor à pellagra.
DOSAGEM / CONCENTRAÇÃO USUAL
É usada na faixa de 100 a 300mg ao dia.
L-LEUCINA
Suplemento alimentar
Indicações
Aminoácido utilizado como suplemento alimentar. No campo da nutrição clínica, além do seu uso habitual em nutrição enteral e parenteral, a L-Leucina é largamente utilizada em combinação com a L-Isoleucina e L-Valina em preparações ricas em BCAA para pacientes com disfunções hepáticas para melhorar seus estados nutricionais. Como fármaco, é usado na forma de preparações de BCAA para casos de hipoalbuminenia em pacientes hepatocirróticos e também em preparações integrais de aminoácidos. Na indústria de alimentos, é um importante componente na nutrição esportiva e alimentos para a saúde. É também usada como flavorizante e como um lubrificante na produção de comprimidos. Outras aplicações incluem seu uso em produtos para o cuidado dos cabelos(4) Propriedades: A L-Leucina é obtida por extração de hidrolisados de proteína vegetal ou animal bem como por fermentação a partir de fontes de carboidrato. Ela também pode ser preparada por resolução ótica da forma DL, que é produzida por síntese química a partir do isovaleraldeído etc. É um aminoácido essencial usado como suplemento dietético e para aumentar a capacidade de cicatrização dos ossos, pele e tecido muscular, razão pela qual é feita sua suplementação antes de cirurgias. Aminoácido cetogênico essencial. As necessidades diárias de um adulto do sexo masculino é de 14mg por Kg de peso corporal. A Leucina é finalmente convertida em ácido acetoacético e ácido acético através do isovaleril-CoA por desaminação e descarboxilação. Aminoácidos de Cadeia Ramifica (BCAA) são metabolizados apenas no músculo, uma vez que a BCAA aminotransferase não está presente no fígado mas apenas no músculo. A deficiência da enzima para a descarboxilação a partir do ácido a-cetoisocapróico em isovaleril-CoA é conhecida como doença da urina em xarope de ácer (bordo) que é indicada por sintomas que incluem cetoacidose severa, vômito, dispnéia, convulsão, distúrbio de consciência e tônus muscular anormal. A isovalericacidemia é causada por uma deficiência da reação da isovaleril-CoA em ß -metilcrotonil-CoA. A razão molar de cadeias de aminoácidos ramificadas (BCAA) em aminoácidos aromáticos (AAA) é chamada de razão de Fischer, que é usada como indicadora do metabolismo de aminoácidos no fígado. Em doenças hepáticas graves, AAA se acumulam como resultado da baixa atividade metabólica de aminoácidos no fígado e o metabolismo do BCAA no músculo diminui como resultado da reduzida ingestão de proteínas, ambas acarretam em baixa razão de Fischer.
Contra-indicações
Não constam.
Dose Usual / Posologia
É usada na faixa de 100 a 300mg ao dia.
Precauções
Não constam. Reações Adversas: Não constam. Interações Medicamentosas: Não constam.
L-VALINA
Suplemento alimentar
Indicações
É um aminoácido essencial constituinte da dieta. É usado como complemento alimentar.
Propriedades
É usado para melhorar o metabolismo muscular e o balanço nitrogenado, juntamente com leucina e isoleucina.
Contra-indicações: Não constam.
Dose Usual / Posologia: É usada na faixa de 100 a 300mg ao dia.
Precauções / Reações Adversas /Interações Medicamentosas:
Não constam.
L GLUTAMINA
Suplemento alimentar
Indicação:
É um produto do metabolismo do acido glutâmico, usado como suplemento dietético e para regular a atividade das células cerebrais.
Propriedades:
A glutamina é um aminoácido não essencial, cujo papel no metabolismo protéico e no transporte de nitrogênio entre diversos órgãos, tem sido muito pesquisado, principalmente quanto à possibilidade de se tornar essencial em casos de demanda aumentada. Sua ação trófica sobre a mucosa do intestino delgado já é bastante conhecida. Trabalhos experimentais recentes têm demonstrado a ação desse aminoácido sobre a parede colônica, com potencial aplicabilidade clínica.
Esse aminoácido é encontrado em concentrações relativamente altas em diversas células de mamíferos, quando pode funcionar como captador de amônia e doador de nitrogênio para a síntese de vários compostos, tais como nucleotídeos, mucossacarídeos e aminoácidos.
A glutamina é o aminoácido mais abundante no sangue, correspondendo a um terço do nitrogênio circulante sob a forma de aminoácidos. Sua concentração varia de 600 a 800 mM e funciona como veículo para o transporte de nitrogênio, que irá dar suporte à síntese de uréia no fígado e de amônia no rim. Estudos demonstraram por diferença de concentração artério-venosa, que uma quantidade significativa de glutamina é absorvida pelas vísceras drenadas pelo sistema porta. Diversos estudos têm demonstrado que a mucosa do intestino delgado é a principal responsável por essa absorção. Outros trabalhos demonstraram o papel fundamental desempenhado pelo fígado no metabolismo desse aminoácido, sendo capaz de funcionar como consumidor ou produtor de glutamina, de acordo com as necessidades de diversos processos fisiológicos ou patológicos.
A concentração de glutamina no sangue cai significativamente em doenças graves, levando a um estado de depleção acentuada desse aminoácido. Pode ser observada uma diminuição de até 75 % na concentração intracelular de glutamina no músculo estriado de pacientes sépticos, sendo essa diminuição correlacionada à mortalidade.
As células epiteliais da mucosa colônica utilizam como fonte energética primária, ácidos graxos de cadeia curta, principalmente os ácidos acético, propiônico e butírico. Esses são formados pela fermentação bacteriana anaeróbia de fibras residuais contidas no bolo fecal. Em segmentos derivados do cólon, a ausência do bolo fecal impede essa formação e sua conseqüente absorção e utilização pelas células epiteliais. Nessa situação, a glutamina, que é um substrato energético secundário para essas células, passa a ser primordial, podendo ser utilizada preferencialmente à glicose como fonte energética.
Estudos experimentais recentes têm demonstrado que a glutamina pode ser um elemento com atividade energética e trófica importante para o cólon submetido a situações de estresse, como é o caso de segmentos derivados. Esses segmentos apresentam atrofia da parede, principalmente às custas do epitélio, tendo o emprego de glutamina evitado essas alterações.
De modo semelhante, segmentos colônicos submetidos à radiação, apresentam uma diminuição do seu conteúdo de colágeno, com conseqüente diminuição da pressão de ruptura e maior risco de deiscência, em anastomoses neles realizadas. A suplementação de glutamina nesses animais foi capaz de atenuar significativamente esses efeitos da radiação.
Contra-indicações
Não constam.
Posologia
É usada na faixa de 20 a 100mg ao dia
Precauções / Reações adversas / Interações Medicamentosas
Não constam
VITAMINA C (Acido ascórbico)
Antiinfeccioso / Antioxidante
Indicações
Profilaxia e tratamento da deficiência de vitamina C, que se produz como resultado de uma nutrição inadequada. Escorbuto. As necessidades de vitamina C aumentam em pacientes submetidos a hemodiálise crônica, doenças gastrintestinais, câncer, úlcera péptica, infecções, lactentes que recebem fórmulas não-enriquecidas. Dietas não usuais, gravidez e lactação.
Propriedades
O ácido ascórbico é necessário para a formação de colágeno e reparação de tecidos corporais e pode estar envolvido em algumas reações de oxidação e redução. Intervém no metabolismo da fenilalanina, tirosina, ácido fólico e ferro; na utilização dos hidratos de carbono, na síntese de lipídeos e proteínas e na conservação da integridade dos vasos sangüíneos. Como coadjuvante da deferoxamina, tem uma interação complexa, pois em pequenas doses orais (150 a 250mg/dia) pode melhorar a ação quelante da deferoxamina e aumentar a excreção de ferro. Absorve-se de forma rápida no trato gastrintestinal (jejuno), sua união às proteínas é baixa (25%). Encontra-se presente em plasma e células e as maiores concentrações se apresentam no tecido glandular. Metaboliza-se no fígado e é excretado pelo rim, sendo pouca quantidade sem metabolizar ou como metabólito. A excreção urinária aumenta quando as concentrações no plasma são superiores a 1,4mg/100 ml.
Contra-indicações
Embora não haja evidência de efeitos prejudiciais, não foi estabelecida a segurança no feto com doses altas de vitamina C. Deverá ser avaliada a relação risco-benefício em pacientes com hiperoxalúria, cálculos renais, diabetes mellitus, hemocromatose, anemia sideroblástica, talassemia, anemia drepanocítica.
Dose Usual / Posologia
Há doses dietéticas das vitaminas (RDA). São valores estabelecidos pela Food and Nutrition Board of the National Research Council. RDA - crianças de 4 a 6 anos: 45mg; homens adultos: 60mg; mulheres adultas: 60mg; mulheres grávidas: 80mg; mulheres em período de lactação: 100mg. Estas quantidades, em geral, são complementadas por dietas adequadas.
Fonte dietética de ácido ascórbico: cítricos, tomate, pimentão cru.
Dose usual para adultos - oral:
50 a 100mg/dia. Diálise crônica: 100 a 250mg/dia. Tratamento da deficiência: 100 a 250mg/dia. Doses pediátricas usuais, suplemento dietético - lactentes e crianças menores de 4 anos: 20 a 50mg/dia. Tratamento da deficiência: 100 a 300mg/dia em doses fracionadas.
Precauções
Não administrar doses altas durante a gravidez. Antecedentes de formação de cálculos ou gota.
Reações Adversas
Após a administração prolongada de 2 a 3g/dia, ao suspender a medicação pode ocorrer escorbuto. Em dose alta, pode causar dor na região renal, pois o uso prolongado de doses elevadas pode produzir precipitação de cálculos oxalato no trato urinário. Diarréia, cefaléias, náuseas, vômitos e gastralgias são sintomas que podem aparecer por doses elevadas.
Interações Medicamentosas
O uso simultâneo de barbitúricos ou primidona pode aumentar a excreção de ácido ascórbico na urina. O uso crônico ou em doses elevadas com dissulfiram pode interferir na interação dissulfiram-álcool. A acidificação da urina produzida pelo uso de grandes doses de ácido ascórbico pode acelerar a excreção renal de mexiletina. A prescrição conjunta com salicilatos aumenta a excreção urinária de ácido ascórbico.
Referências Bibliográficas
1. P.R. Vade-mécum Brasil. 2006/2007
2. ANFARMAG. Manual de equivalência - 2. edição. São Paulo. 2006.
3. BATISTUZZO, J.A.O., ITAYA, M., ETO, Y. Formulário Médico Farmacêutico. 3 ed., São Paulo : Pharmabooks, 2006.
4. LOPES, P.F. Efeitos da glutamina sobre a parede intestinal e sua aplicabilidade potencial em coloproctologia. Rev Bras Coloproct, 2005;25(1):75-78.
5. ANFARMAG. Manual de equivalência – 2ª edição. São Paulo. 2006.
6. MARTINDALE – The Extra Pharmacopoeia. 29ªEd. 1989.
ADVERTÊNCIAS
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2- Mantenha em local fresco e ventilado.
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6 - Em caso de reações ou hipersensibilidade descontinuar o uso.
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12- Não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação do médico.
13- Não é recomendado o uso durante a amamentação.
14- Vitamina C: Antecedentes de formação de cálculos ou gota.
15- Pessoas diabéticas, problemas cardíacos, pressão alta, problemas na tireóide, glaucoma, depressão, tratamentos psiquiátricos ou outras doenças devem consultar um médico antes do uso.
CASO OS SINTOMAS PERSISTIREM, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.
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